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Formação das Monarquias Nacionais

Formação Das Monarquias Nacionais1
O processo de formação das Monarquias Nacionais que pode ser chamado também de centralização do poder político nas mãos dos reis, ocorreu durante a Baixa Idade Média, em meio à crise que o sistema feudal passava.

Mas esse processo ocorreu por qual motivo?  Valeu realmente a pena passar o poder para as mãos de reis? A burguesia teve alguma vantagem? E o povo, como ficou?

Questões essas que iremos descobrir nesse artigo.

Formação Das Monarquias Nacionais

Tópicos da biografia:

Resumo da Formação da Monarquias Nacionais

Inicia-se durante a Baixa Idade Média várias mudanças para a nação europeia. Foi durante esse período que começa a consolidação das primeiras monarquias. Um dos principais sinais da crise feudal e do começo do sistema capitalista.

A formação das Monarquias Nacionais pode ser entendida como um processo que conseguiu atender de forma igual os interesses da classe burguesa e da classe nobre. Então, deixando de lado as classes minoritárias.

O Estado Monárquico ainda preservava certas tradições medievais, e ao mesmo tempo, criou-se novos meios para a organização política. Passando assim o poder dos senhores feudais agora para a autoridade real.

Além disso, muitos privilégios da classe nobre foram mantidos. Sendo a isenção total do pagamento de impostos. Apenas as classes burguesas e campesina, continuaram pagando às taxas de cobranças e altos impostos.

Características

A formação das Monarquias Nacionais teve características que fizeram que fosse possível. Abaixo listamos as características principais:

  • Centralização do poder político nas mãos do monarca;
  • Um idioma para a nação toda, idioma comum;
  • Criação do conceito de fronteiras nacionais;
  • Autoridade da soberania;
  • Exército que defendia os interesses da nação;
  • Valor de impostos, pesos ou medidas definidas e mantidas pelo rei;
  • Um corpo de funcionários para servir o Estado.

O que foi a formação das monarquias nacionais?

Para entendermos como ocorreu a formação das monarquias nacionais, precisamos entender o que é o Estado e o que é a Nação. Estado é um território, onde há um poder maior, o soberano, e a população.

De tal forma que a nação é o grupo de pessoas que falam a mesma língua, os mesmos costumes e viveu a mesma história.

O sistema de monarquia só existia como um título, os reis eram apenas senhores feudais que só tinham poder e autoridade em seu próprio domínio.

Ocorreu durante os séculos XI-XV, a transição feudo-capitalista. Onde o poder dos senhores feudais, já em ruinas, entra em um colapso de crises, criando assim uma centralização política, formando nações e o fortalecimento do poder real.

O rei vendo que era preciso mais entrada de dinheiro, para aumentar seu exército e impor respeito. Aumenta ao máximo os impostos na classe da burguesia e dos camponeses.

O elo do rei com a burguesia, faz uma grande atuação no processo da formação das monarquias nacionais. Pois a burguesia fornece condições financeiras para que o rei possa estar impondo sua soberania na nação, constituindo assim um estado.

A burguesia só se aliou com o rei, pelos seus próprios interesses. Como indiretamente exerceria o poder político. E com a criação de um Estado Nacional, as leis seriam unificadas, além de que qualquer taxa estabelecida seria um só valor.

Não esquecendo que o rei, tinha que tomar decisão que agradasse todos de sua nação. Além de que o rei era obrigado a manter as leis dos senhores feudais, em códigos de leis em escrito.

A transformação das cortes em uma suprema corte de justiça daquela nação, sendo assim o último processo para que fosse feito a centralização do poder. Sendo assim o poder seria total da monarquia.

Como surgiram as monarquias nacionais?

As monarquias nacionais surgem a partir da desestruturação do feudalismo e a necessidade do fortalecimento da autoridade do rei.  Outros fatores que podem ser considerados são:

  • De pouco a pouco desaparece a classe de servos
  • Revoltas das classes camponesas contra a exploração feudal
  • Comércio em desenvolvimento
  • A nobreza feudal enfraquecida

A centralização da política, que formou os Estados modernos, não ocorreu de forma inesperada e sem resistência daqueles que não queriam perder o seu poder. No entanto, havia a classe da nobreza e da burguesia estavam interessados na autoridade fortalecida do rei.

O processo de monarquia e centralização do poder, teve como primeiro representante o rei Filipe II. Que usou dos conflitos contra territórios rivais para que se tivesse total poder sobre a França.

Com os altos impostos cobrados, das classes burguesas e camponesas esse rei conseguiu montar um grande exército, que era seu maior orgulho. E com esse mesmo exército, o rei Filipe II, conseguiu ainda mais poder político real.

Como era a formação das monarquias nacionais

A formação das monarquias nacionais era como feudos medievais. Ou seja, separados por classes. Os tipos de classes eram: nobreza, burguesia, camponeses.

Após a burguesia financiar todas as melhorias possíveis. Eis que se consegue fazer a formação das monarquias nacionais. Até que o rei consegue por meio dessa mesma burguesia, o poder de outros feudos. Tornando assim monarca absoluto.

Então a formação das monarquias nacionais dependeu da monarquia absolutista. Além da união da união entre burguesia e rei.

Principais causas

Centralização de poder, rei criando um Estado Nação e classes querendo aproveitar das vantagens que o apoio ao monarca lhe traria. Isso marcou o processo da formação das monarquias nacionais. Mas o que causou essa grande mudança?

Citamos aqui as principais causas desse processo:

  • A participação da classe nobre durante as Cruzadas, deixando suas terras abandonadas, considerando assim, um abandono de poder. Poder esses que foi ocupado pelo rei. Ganhando assim poder e força
  • Nesse mesmo período das Cruzadas, ocorre a união entre burguesia e o rei, com o objetivo de tomar e dominar as terras dos senhores feudais
  • Durante o século XV, começa o renascimento urbano e cultural, trazendo consigo o enfraquecimento do sistema feudal
  • A necessidade de um novo meio para a estruturação política

Curiosidades

Fizemos uma lista com algumas curiosidades e informações sobre fatos que acorreram durante a formação das monarquias nacionais:

  • Antes o poder era descentralizado e sem nenhuma organização;
  • Ocorre a centralização de poder, o rei torna-se obrigado a criar códigos de leis escritas para que todos;
  • A necessidade de um soberano com poder totalitário;
  • Nesse mesmo período ocorre a reforma protestante;
  • Renascimento cultural e literário;
  • As navegações se expandem para os sete mares;
  • A Itália é a última que se torna uma monarquia nacional, devido ao poder que o Papa exercia nessa nação;
  • A monarquia, embora criticando, ainda usava o sistema do feudalismo;
  • Luís XIV, principal representante desse processo;
  • Poder totalitário das monarquias nacionais;
  • Quando a burguesia não dependesse mais do rei, ocorria a decapitação.

Principais monarquias nacionais

Eis que o processo de formação das monarquias nacionais começa a fazer efeito. E consequentemente as primeiras nações monarcas surgem. Abaixo a relação das nações que se tornaram monarquias:

  • Portugal
  • Espanha
  • Inglaterra
  • França

Para ter o poder total, o que o rei precisava?

Para que o rei tivesse o poder e o mantivesse era necessário que ele dominasse certas áreas da sua monarquia. Caso não ocorresse o domínio de acordo com o proposto, a burguesia o tirava do poder e o decapitava.

Mas qual era as áreas que o rei precisava dominar para que não ocorresse a perca do poder? Eram as três áreas básicas do monopólio do poder do rei: justiça, tributação e força.

A área da força basicamente consistia em controlar toda a força militar e tornar possível a criação do Exército Nacional. Eis que cai em decadência tanto a nobreza, quanto a cavalaria.

Assim como a força militar tinha como total responsabilidade domínio de outros territórios. Conquistando assim, mais terra ao rei. Além de aos poucos ir eliminando o poder dos nobres, para o total domínio real.

Já a área de tributação era a parte que o rei ficava responsável em cobrar os impostos, que eram pagos de forma espontânea pela casse da burguesia. Embora a classe de camponeses e artesãos não aceitavam esse tipo de tributação.

A parte de justiça fazia com que o rei sempre mantivesse as decisões de forma uniforme, ou seja, que fosse para o bem de todas as classes. Surge daí a transformação de corte do rei para a corte da justiça e das leis.

Estados nacionais

Estados nacionais é um termo utilizado para significar o processo político e econômico, que levaria então a formação das monarquias nacionais. Fortalecendo assim a centralização de poder e o poder real.

Contudo em algumas regiões, esse processo das monarquias nacionais, não seria completado nesse mesmo período. Foi ocorrido de forma lenta e gradual, até chegar em sua total centralização de poder.

A formação de estados nacionais durante esse período, trouxe uma nova fase para as relações comerciais, ampliou novas fronteiras. Surgindo também uma nova e forte classe mercantil.

Com a implantação do Estado Nacional, ocorreu diminuição nas questões de diferenças culturais. Criando assim um padrão das culturas locais. Houve a criação de uma moeda oficial daquele território, além de ser escolhido apenas um idioma.

Alberto Vicente

Jornalista (DRT - BA 5272) e Professor, formado em Letras Vernáculas pela UEFS. Escreve para blogs e sites desde 1997.

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