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Jean Jacques Rousseau

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Jean Jacques Rousseau
Jean Jacques Rousseau nasceu em Genebra (Suíça), no dia 28 de junho de 1712.

Em seu currículo consta diversas formações tais como: filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata (aprendeu sozinho).

Ele foi de suma importância para os movimentos intelectuais da época como o Iluminismo e precursor do romantismo.

Tópicos da biografia:

Quem foi Jean Jacques Rousseau

Jean Jacques Rousseau

Suíço por natureza, Rousseau não chegou a conhecer sua mãe, pois esta morreu nove dias após o parto acometida por uma infecção que era comum naquela época.

Com isso, o responsável pela sua criação foi seu pai, Isaac Rousseau, relojoeiro calvinista. No entanto, teve que se afastar de seu pai que não dava a devida atenção à sua educação, mas mantiveram contato.

Já adolescente, estudou em uma escola religiosa rígida. Lá, Jean Jacques Rousseau gostava de passear pelos campos, e em um certo dia, após voltar dessas saídas, encontrou as portas fechadas e decidiu viajar pelo mundo.

Adulto, ele casou com uma rica senhora e desenvolveu o gosto pela filosofia e pela música, mas, quando a situação financeira de sua amada piorou, Jean Jacques Rousseau, que já estava com uma amante, decide se mudar para Paris.

Devido ao seu gosto pela música, foi convidado por Diderot a participar de alguns eventos e, inclusive, debateu e contrariou alguns temas presentes na obra “Discurso sobre as Ciências e as Artes”, ficando famoso, portanto, na elite parisiense.

Como um de seus atos contraditórios, Rousseau teve cinco filhos, mas os colocou em um orfanato e, anos depois, escreveu uma obra, chamada Emílio, que ensinava como educar os filhos.

Quais são as principais ideias de Rousseau?

Rousseau foi um dos grandes pensadores da época que acreditou em algo denominado Natureza ou Filosofia da Natureza. Alguns pensadores já haviam iniciado as discussões em datas anteriores como Aristóteles e Platão.

Posteriormente, além de Rousseau, esse conceito foi analisado e defendido também por Nietzsche, Schopenhauer, Hegel, Kant, Locke, Isaac Newton, Sartre e Descartes.

Para não aprofundar a discussão, o que Jean Jacques Rousseau procurou entender era quais as condições hipotéticas que fizeram com que os homens sobrevivessem sem a existência de uma sociedade civil organizada.

Com esses estudos, ele tinha como um “grande rival” o também pensador, Thomas Hobbes, pois segundo Jean Jacques Rousseau, o autor apenas se apropriou de pessoas civilizadas e as imaginou em uma situação em que não havia sociedade.

Rousseau considerava esse experimento inexato, pois, dotados de um senso de sociedade, as pessoas se portariam como se estivesse vivendo em uma sociedade.

Para ele, o estado de natureza deveria ser um estado de libertação, em que as pessoas não fossem boas ou más, mas como uma folha em branco, pois dessa forma o conflito não é tão acentuado como em uma sociedade.

O filósofo também era contrário à sociedade moderna, principalmente as posses, pois considerava que elas destruíam o estado de natureza de verdadeira liberdade, o que provocaria diversos conflitos.

Portanto, o que o autor defendia era a existência de um homem pacífico e solitário no estado de natureza. Com isso, sua moral não seria corrompida. No entanto, tal posição foi refutada pelo empirista britânico David Hume.

O autor ainda defende a existência de um estado “selvagem”, correspondente a um terceiro estágio do desenvolvimento humano, intermediário entre o estado animalesco e a sociedade decadente.

Mesmo com essa teoria, Jean Jacques Rousseau não chega a aderir ao conceito do “bom selvagem” defendido por Hobbes. Isso ocorre porque Jean Jacques Rousseau acreditava que a sociedade era inevitável e que era desejável a sua existência.

Portanto, para não ser necessário “recuar um estágio”, o que deveria ser feito era a tentativa de reorganizar a sociedade por meio do contrato social.

Esse conceito deu origem à uma de suas obras mais importantes, “O Contrato Social” publicado em 1762, em que o autor defende que contrato preservaria a vida humana e garantiria a liberdade.

Qual era a filosofia de Jean Jacques?

Apesar de já ter discorrido sobre o estado de Natureza, Jean Jacques Rousseau nos introduziu outras teorias.

A primeira é a respeito da vontade geral. Segundo o autor, a “vontade geral” não representa um consenso entre a população, nem vontade da maioria e muito menos a soma das vontades individuais.

O autor defendia ainda que um indivíduo tinha duas vontades, uma à longo prazo e outra imediata e que uma se sobrepõe a outra, o que acarreta na vontade geral em que todos devem se submeter a ela.

Rousseau aponta que, para existir a vontade geral, a desigualdade social deve ser erradicada ou reduzida, acarretando em opiniões, conceitos e vontades mais próximas.

Outro ponto que deveria existir para que a vontade geral ocorresse seria uma educação maior e melhor na sociedade.

O Contrato Social, mencionado no tópico acima, serviria como um agente catalisador para a vontade geral, isto é, os conceitos, leis e princípios ali propostos, serviriam para promover a existência da vontade geral.

A segunda teoria ou discussão proposta por Rousseau além do estado de Natureza é sobre o amor e ódio.

Jean Jacques Rousseau debatia conceitos como amor, ódio e sexualidade como uma experiência fundamental na vida do ser humano. Além disso, propiciou ainda o surgimento do debate entre amor conjugal e amor passional.

Por fim, por viver em pleno Iluminismo, as teorias de Jean Jacques Rousseau propiciaram, em 1798, a Revolução Francesa, sendo inclusive considerado como um profeta do movimento com o lema “liberdade, igualdade e fraternidade”.

Frases de Jean Jacques Rousseau

Uma das frases mais famosas de Rousseau é “o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe”, podendo ser um reflexo do que foi dito acima sobre o Contrato Social e o estado de Natureza defendido pelo autor.

Outras frases ditas pelo autor foram:

“Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e aqueles que sabem muito falam pouco.”.

“É sobretudo na solidão que se sente a vantagem de viver com alguém que saiba pensar.”.

“A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável.”

Morte de Rousseau

A morte de Jean Jacques Rousseau, assim como vários pensadores da época, foi oriunda de seus escritos.

As obras “O Contrato Social” e “Émile” foram consideradas pelo Parlamento Francês como repletas de heresias religiosas. Logo, os livros de “Émile” foram queimados em Paris.

Afastado de seus amigos, incluindo Diderot, por não serem adeptos aos conceitos defendidos por Jean Jacques Rousseau, o autor precisou se exilar na Suíça.

Havia ainda uma ordem de prisão para o autor, o que fez com que ele fosse constantemente perseguido até mesmo em seu exílio. Com isso, ele procurou refúgio na Inglaterra, recebendo ajuda do filósofo David Hume.

Sua morte aconteceu em Ermenonville, onde residia desde 1778 sob acolhida do Marquês de Girardin. No entanto, o autor já estava debilitado mentalmente, o que fez com que, no dia 2 de julho do mesmo ano, viesse a falecer.

Conclusão

Portanto, Rousseau, apesar de ser perseguido até sua morte, seu lema foi levado adiante na Revolução Francesa e, com isso, toda a sociedade se tornou adepta à suas obras, sendo estudado até os dias atuais.

Apesar de não ser muito discutido, o autor ainda apresenta alguns conceitos fundamentais para quem cursa Pedagogia. Conceitos esses presentes na obra “Émile”.

Resumo da Biografia de Jean Jacques Rousseau

Nome:Jean Jacques Rousseau
Ocupação:Filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata
Nacionalidade:Suíço
Data de nascimento:28/06/1712
Data da morte:07/02/1778
Alberto Vicente

Jornalista (DRT - BA 5272) e Professor, formado em Letras Vernáculas pela UEFS. Escreve para blogs e sites desde 1997.

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