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Euclides da Cunha

Biografia de Euclides da Cunha: entre curiosidades e fatos marcantes, o autor nos conduz por uma jornada fascinante, revelando as nuances e as facetas deste grande mestre.

Euclides Da Cunha
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Biografia de Euclides da Cunha

Euclides da Cunha marca a história e a literatura brasileira com sua escrita crítica. Com uma história real e um fim trágico, apresentamos a você a biografia dele.

A história e literatura brasileira é marcada por personagens com trajetórias e feitos incríveis, desde o início da história do nosso país temos sido palco de ilustres escritores, pesquisadores, revolucionistas, entre outros, que trouxeram contribuições marcantes para o nosso povo.

Euclides da Cunha foi um desses grandes nomes, e neste artigo, detalharemos um pouco da sua biografia.

Quem foi Euclides da Cunha?

Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha é um conhecido nome da literatura brasileira.

Nascido em Cantagalo, Rio de Janeiro no dia 20 de janeiro de 1866, nascido na Fazenda da Saudades.

Seus pais Manoel Rodrigues Pimenta da Cunha, que era guarda-livros em fazendas de café e Eudóxia Moreira da Cunha que morreu aos três anos de idade de Euclides.

Apesar de uma infância difícil ele se destacou sendo um escritor, professor e jornalista brasileiro.

Euclides da Cunha: Uma Vida em Palavras e Curiosidades

Foto: Reprodução/Divulgação

Euclides da Cunha foi um escritor, jornalista, engenheiro e cientista social brasileiro, considerado por muitos como um dos maiores intelectuais do país.

Sua obra mais conhecida, Os Sertões, é um estudo detalhado sobre a Guerra de Canudos, um conflito ocorrido no final do século XIX, no interior da Bahia, que opôs um grupo de sertanejos liderados por Antônio Conselheiro às forças militares do governo.

Neste artigo, apresentaremos a vida e obra de Euclides da Cunha, suas contribuições para a cultura brasileira e algumas curiosidades sobre sua trajetória.

Onde trabalhou Euclides?

Euclides da Cunha teve uma vida profissional bastante ampla. No final do ano de 1888 ele passou a colaborar no A Província de São Paulo, futuro O Estado de São Paulo.

Quando foi proclamada a república, Euclides volta ao exército sendo promovido como alferes-estudante e também começa a colaborar com o Gazeta de Notícias da capital federal.

No ano de 1896, ele deixa o exército para trabalhar como engenheiro-ajudante da Superintendência de Obras Públicas de São Paulo, nesse período o seu trabalho exige que ele viaje por todo o estado.

Em 1897 embarca para o sertão da Bahia, nesse momento havia explodido a guerra da Canudos.

Euclides da Cunha trabalha como correspondente de guerra, testemunhando de forma presencial tudo o que estava ocorrendo, e transmitia por telégrafo todas as suas mensagens para o jornal Paulista.

Sua ida para a Bahia durou até outubro do mesmo ano, onde foi para São José do Rio Pardo em São Paulo para trabalhar administrando a construção de uma ponte.

Ele começara também a escrever uma das suas obras mais famosas Os Sertões, e a publicaria em 1902.

Em 1903 Euclides da Cunha foi eleito para a Academia Brasileira de Letras e em 1909 lecionou a cadeira de Lógica do Colégio Pedro II, onde havia prestado concurso.

A Guerra de Canudos e o Impacto na Vida de Euclides

Em 1897, Euclides da Cunha foi enviado como correspondente do jornal O Estado de S. Paulo para cobrir a Guerra de Canudos.

O conflito, que se estendeu por quase quatro anos, teve um impacto profundo na vida e obra do escritor.

Em Os Sertões, Euclides apresenta uma visão crítica da sociedade brasileira e das forças militares que combatiam os sertanejos.

O livro é considerado uma das obras mais importantes da literatura brasileira e um marco na história da sociologia no país.

Principais obras de Euclides da Cunha

No ano de 1884 Euclides da Cunha já despontava seus talentos, pois publicou o seu primeiro artigo no jornal O Democrata, este era um jornal que ele junto com seus colegas havia fundado.

No mesmo ano ele escreveu um livro de poemas chamado Ondas.  Citaremos mais algumas das obras principais de Euclides da Cunha e ano de sua publicação.

  • A flor do cárcere. Revista da Família Acadêmica, 1887.
  • A Pátria e a Dinastia. A Província de São Paulo, 1888.
  • Estâncias. Revista da Família Acadêmica, 1888.
  • Fazendo versos, 1888.
  • Atos e palavras. A Província de São Paulo, 1889.
  • Da corte. A Província de São Paulo, 1889.
  • Democracia, 1890.
  • O ex-imperador. 1890.
  • Da penumbra. 1892.
  • A dinamite. Gazeta de Notícias, 1894.
  • O Estado de São Paulo, 1897.
  • Canudos: diário de uma expedição. O Estado de São Paulo, 1897.
  • O Argentaurum. O Estado de S. Paulo, 1897.
  • O batalhão de São Paulo. 1897.
  • O “Brasil mental”. O Estado de S. Paulo, 1898.
  • Fronteira sul do Amazonas. O Estado de S. Paulo, 1898.
  • A guerra no sertão 1899.
  • As secas do Norte. 1900.
  • O Brasil no século XIX. 1901.
  • Os Sertões: 1902.
  • Ao longo de uma estrada. 1902.
  • Olhemos para os sertões. O Estado de São Paulo, 1902.
  • A arcádia da Alemanha. 1904.
  • Civilização, 1904.
  • Conflito inevitável, 1904.
  • Um velho problema. 1904.
  • Os nossos “autógrafos”. Renascença, 1906.
  • Contrastes e confrontos. 1907
  • Peru ‘versus’ Bolívia. 1907.
  • Castro Alves e seu tempo. 1907.
  • Entre os seringais. 1906.
  • O valor de um símbolo. 1907.
  • Numa volta do passado, 1908.
  • A última visita. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 1908.
  • Amazônia. Revista Americana, 1909.

Morte

A morte de Euclides da Cunha nos remete a algum cenário de filme com final trágico. E exatamente esse termo é que denominamos a morte dele.

Euclides da Cunha tinha suspeitas de que sua esposa estava o traindo e sem nem pensar duas vezes, vai até o local de morada do suposto amante, que era um oficial atirador do exército, ao chegar lá não teve êxito em sua missão, sendo morto com três tiros no peito.

Passados alguns anos o seu filho com sede de vingança tenta sem êxito e acaba tendo o mesmo destino que o seu pai.

O dia 15 de agosto de 1909 é marcado como o dia em que Euclides da Cunha morreu.

Legado

Apesar da tragédia que o acometeu, Euclides da Cunha conseguiu permanecer na história pelos seus trabalhos e sua trajetória.

Os Sertões, o consagrou como escritor e representa um marco na literatura e na história brasileira.

Frases de Euclides da Cunha

Veja algumas das principais frases de Euclides da Cunha:

  • “Viver é adaptar-se.”
  • “Não é o bárbaro que nos ameaça, é a civilização que nos apavora.”
  • “O evangelho fecha-se com a astronomia.”
  • “Uma Constituição, sendo uma resultante histórica de componentes seculares, acumulados no envolver das ideias e dos costumes, é sempre um passo para o futuro garantido pela energia conservadora do passado.”
  • “Num país em que toda a gente acomoda a sua vidinha num cantinho de secretaria, ou numa aposentadoria, eu estou, depois de haver trabalhado tanto, galhardamente, sem posição definida! Reivindico, assim, o belo título de último dos românticos, não já do Brasil apenas, mas do mundo todo, neste tempos utilitários!”

Curiosidades sobre a Vida e Obra de Euclides da Cunha

Euclides da Cunha era um amante da natureza e da geografia.

Ele conhecia bem o sertão nordestino e se interessava por questões relacionadas ao meio ambiente e à biodiversidade.

Além disso, era um entusiasta da fotografia e registrou diversas imagens durante suas viagens pelo país.

Outra curiosidade é que Euclides era um grande admirador da literatura russa e tinha uma biblioteca repleta de obras de autores como Dostoiévski, Tolstói e Tchekhov.

Influência na Cultura Brasileira

Euclides da Cunha deixou um legado importante para a cultura brasileira. Sua obra influenciou diversos escritores, artistas e pensadores, e ainda hoje é objeto de estudo e reflexão em diversas áreas do conhecimento.

Sua preocupação com a realidade brasileira, suas análises profundas e sua escrita precisa e envolvente são algumas das marcas que o tornaram um dos maiores intelectuais do país.

Homem de Ciência e Pensador

Foto: Reprodução/Divulgação

Além de escritor, Euclides da Cunha era um homem de ciência e um pensador.

Sua formação em Engenharia Civil e sua atuação como cientista social o levaram a desenvolver uma visão crítica da sociedade brasileira e a buscar respostas para algumas das questões mais complexas do país.

Sua obra reflete essa busca constante por compreender e explicar a realidade brasileira em suas múltiplas facetas.

Política

Euclides da Cunha teve uma breve carreira política, tendo sido eleito deputado federal em 1909.

No entanto, sua atuação na política foi marcada por desentendimentos e divergências com outros políticos da época.

Ele acabou renunciando ao cargo e voltando a se dedicar à literatura e à pesquisa científica.Ícone da Cultura Brasileira

Euclides da Cunha é um ícone da cultura brasileira, um dos escritores mais importantes da literatura nacional e um pensador fundamental para a compreensão da sociedade brasileira.

Sua obra é um legado para as gerações presentes e futuras, um convite à reflexão e à compreensão do país em suas múltiplas dimensões.

Mais do que isso, Euclides da Cunha é um exemplo de coragem, determinação e amor pela cultura e pelo conhecimento, uma inspiração para todos aqueles que buscam compreender e transformar o mundo em que vivemos.

Legado

Apesar da tragédia que o acometeu, Euclides da Cunha conseguiu permanecer na história pelos seus trabalhos e sua trajetória.

Os Sertões, o consagrou como escritor e representa um marco na literatura e na história brasileira.

Resumo da Biografia de Euclides da Cunha

Nome: Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha
Ocupação: Escritor e jornalista
Nacionalidade: Brasileiro
Data de nascimento: 20/01/1866
Data da morte: 21/02/2024
Alberto Vicente

Jornalista (DRT - BA 5272) e Professor, formado em Letras Vernáculas pela UEFS. Escreve para blogs e sites desde 1997.

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