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Marielle Franco

Marielle Franco era uma mulher valente, uma líder visionária e uma lutadora incansável pelos direitos humanos. Sua morte prematura, em 2018, causou comoção e indignação em todo o país, mas sua vida e legado continuam inspirando muitas pessoas a lutar por um mundo mais justo e igualitário.

Biografia Marielle Franco
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Biografia de Mariele Franco

Marielle Franco nasceu em 27 de julho de 1979, na favela da Maré, no Rio de Janeiro.

Ela foi criada por uma mãe solteira, que trabalhava como empregada doméstica.

Marielle foi a primeira pessoa de sua família a cursar uma universidade, formando-se em Sociologia e em Administração Pública.

Durante sua trajetória acadêmica, ela se destacou como bolsista, tendo estudado também em outras universidades do mundo, como a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Marielle Francisco da Silva, conhecida como Marielle Franco, foi uma mulher que superou diversas barreiras e através da educação, bom coração e por se importar tanto com os outros, tornou-se uma importante representante das minorias e dos direitos humanos dentro do seu estado, Rio de Janeiro.

No inicio de 2018 a mídia relatou a notícia sobre a morte de Marielle, que gerou comoção internacional, comoção a qual de alguma forma gerou também algumas indignações sobre o caso, que ainda está sendo investigado pela Polícia Civil.

Qual a história e quem foi Marielle Franco?

Marielle Franco nasceu no Complexo da Maré, uma das maiores favelas do Rio de Janeiro, se definia como “cria da Maré” (como consta em seu perfil nas redes sociais), filha de Marinete e Antonio Francisco da Silva Neto, Marielle era negra, e além da sua militância, ela era símbolo da superação das desigualdades sociais.

Começou a trabalhar desde os 11 anos. Aos 19 anos teve sua primeira filha, no mesmo ano matriculou-se em um cursinho pré-vestibular comunitário.

Aos 20 anos seu interesse por direitos humanos surgiu, depois de perder uma amiga entre uma troca de tiros entre policiais e traficantes.

Formou-se em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC- RJ) com bolsa integral pelo Programa Universidade para Todos (Prouni), após a graduação Marielle fez mestrado em Administração Pública na Universidade Federal Fluminense, sua dissertação fazia uma análise ao modelo neoliberal e militarista adotado ao Estado Penal brasileiro, utilizou o Complexo da Maré como estudo de caso.

Marielle tinha um relacionamento com a arquiteta Monica Benicio há mais de 10 anos, com quem se casaria no próximo ano (2019).

A luta pelos direitos humanos

Marielle Franco foi uma grande defensora dos direitos humanos, especialmente das mulheres negras e das comunidades marginalizadas.

Ela denunciava a violência policial nas favelas, a violência contra as mulheres e a LGBTfobia, entre outras questões.

Marielle também era militante do movimento negro e do feminismo, tendo fundado o grupo “Mulheres Negras Movendo Estruturas”.

Ela lutou contra a intervenção militar no Rio de Janeiro e foi crítica da política de segurança pública implementada no estado.

Marielle Franco deixou um legado importante de luta pelos direitos humanos e de resistência às opressões.

Vida política de Marielle Franco

Apesar da sua militância ativa desde sua adolescência, Marielle iniciou sua carreira na política como assessora de Marcelo Freixo e com ele trabalhou por cerca de 10 anos.

Assumiu a Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, trabalhava (questões jurídicas ou apoio psicológico) por interesses dos atingidos pela violência, principalmente, aos familiares de cidadãos e militares.

No ano de 2016 candidatou-se a vereadora do Rio de Janeiro e foi a quinta parlamentar mais votada, foi eleita pela coligação formada pelo PSOL e PCB com mais de 46 mil votos.

Durante sua atuação como vereadora, Marielle enviou 13 projetos de Lei à câmara municipal do Rio de Janeiro, além de ter defender diversas pautas, tais como: racismo, mulher na política, defesa aos direitos básicos, segurança nas favelas, LGBTs, garantia ao aborto (nos casos previstos em lei) entre outras.

Marielle era além de tudo muito corajosa, não tinha medo de demonstrar indignação às diversas injustiças que aconteciam no Rio de Janeiro, principalmente nas periferias.

Pouco antes de sua morte, a vereadora assumiu uma Comissão de Monitoramento (sobre os Direitos Humanos) à Intervenção Militar e seguia denunciando abusos ocorridos pela ação.

No ano 2000 Franco deu início em um relacionamento que duraria muito tempo com Mônica Benício e recentemente Mônica, Marielle e sua filha Luyara teriam mudado de casa para o bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ).

Um dos motivos pelos quais ela começou a lutar pelos direitos humanos é que no ano de 1998 aconteceu uma tragédia com uma amiga que foi assassina por uma bala perdida entre um confronto com a polícia e traficantes da Maré.

A morte brutal de Marielle Franco que chocou o Brasil

No dia 14 de março de 2018, Marielle foi morta a tiros, enquanto voltava de um encontro com mulheres negras.

Seu motorista, Anderson Pedro Mathias Gomes, também morreu no local. Os disparos foram lançados por um carro que cercou o que as vitimas estavam.

A principal hipótese é que o crime tenha sido uma execução, e que tenha correlação com a atuação política de Marielle, apesar das investigações não desconsiderarem outras hipóteses.

Os principais suspeitos até o momento são o ex-policial militar Élcio Queiroz, o sargento da Polícia Militar reformado Ronnie Lessa e Alexandre Mota.

Pessoas da polícia militar do Rio de Janeiro que eram contra as intenções da parlamentar. O caso ainda é recente e os acusados estão presos.

Existe também a hipótese que Marielle Franco tenha se envolvido com um traficante a mais de 20 anos atrás (pai da filha dela) e o mesmo ainda teria algum tipo de ódio pela vereadora. Atualmente ele está preso.

A morte de Marielle gerou comoção internacional, sendo relatada em diversos jornais internacionais e também no Brasil.

Apesar disso, a comoção também gerou polêmicas e alguns grupos espalharam noticias que questionavam a moral da vereadora.

De qualquer forma, seja qual for sua opinião política, o que aconteceu com Marielle não deve ser aceito.

Acima de tudo, perdeu-se uma vida e um crime contra um representante público é algo muito sério.

Todos os dias pessoas morrem vitimas da violência, e isso é inaceitável, e em todos os casos é importante comoção e respeito.

Existe um site dedicado a Marielle por pessoas próximas e o seu ex-partido político com informações e intruções sobre movimentos a favor da ilustre que hoje não está entre nós.

Para acessar, visite o endereço: www.mariellefranco.com.br

Rumores sobre Marielle Franco

Foto: Reprodução/Divulgação

Existem alguns rumores que são provavelmente mentirosos sobre a vida da ex-parlamentar Marielle Franco que buscam apenas acabar com a reputação criada por ela, sua assessoria se pronunciou no site oficial da vereadora.

“No dia 14 de março, Marielle Franco foi assassinada a tiros junto com Anderson Gomes, seu motorista, quando voltava de um evento com jovens negras.

A dor da sua morte e de tudo o que ela simbolizava desencadeou homenagens emocionadas em redes sociais e grandes manifestações nas ruas pelo Brasil e no mundo. Mas também gerou uma série de acusações falsas sobre a sua história e sua atuação”.

Ainda diz:“esse ataque à Marielle é simplesmente inadmissível. Uma coisa é debater sobre posicionamentos políticos.

Outra bem diferente é caluniar, repercutir mentiras e desrespeitar a sua memória e o luto de seus familiares e amigos”.

O impacto da morte de Marielle na política

A morte de Marielle Franco teve um grande impacto na política brasileira.

Ela foi um símbolo da luta pela democracia e pelos direitos humanos, e sua morte gerou uma onda de indignação e de mobilização.

A luta de Marielle segue sendo uma referência para muitas pessoas, especialmente em um contexto político marcado pelo autoritarismo e pela violência.

A morte de Marielle também colocou em evidência a violência política no Brasil, que afeta principalmente as lideranças populares e as defensoras dos direitos humanos.

Principais projetos de Lei de Marielle Franco

Abaixo você poderá conferir quais são os principais projetos de leis votados e trabalhos por Franco na vida política.

Projeto de Lei #AssédioNãoÉPassageiro

Segundo informações do site oficial de Marielle, este o projeto tem como principal função fazer com que reduza ou acabe com o assédio sofrido pelas mulheres dentro dos transporte público.

O motivo pelo qual houve a iniciativa para o projeto é que a cada 16 horas, uma mulher denuncia esse tipo de violência no Rio de Janeiro.

Realmente é um número astronômico, imagina aquelas mulheres que preferem não denunciar?

Projeto de Lei 0265/2017 Lei das Casas de Parto

Este outro projeto: Lei das Casas de Parto busca estimular a criação de casas de parto nas zonas de menor IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da cidade.

Este projeto aconteceu porque segundo informações do site da vereadora. No Rio de Janeiro existem poucas Casas de Parto na rede municipal de saúde.

Um coisa é certa. As Casas de Parto, além de contribuir para a vida das pessoas que moram nessas regiões (mãe ou bebê) estaria gerando menos custos ao município e grandes maternidades.

Além dos projetos citados a cima, temos informações também dos seguintes projetos de Lei trabalhos por Marielle Franco enquanto estava viva:

  • Projeto de Lei 0017/2017Espaço Coruja / Espaço Infantil Noturno;
  • Projeto de Lei 0016/2017Pra Fazer Valer o Aborto Legal no Rio;
  • Entre outros.

Conclusão: Marielle Franco, presente!

Marielle Franco foi assassinada, mas sua luta e sua voz seguem presentes na sociedade.

Ela deixou um legado importante de luta pelos direitos humanos e de resistência às opressões.

Marielle continua sendo uma referência para muitas pessoas, especialmente para as mulheres negras e para as comunidades marginalizadas.

Sua morte não conseguiu calar sua voz, que segue ressoando nas ruas, nas instituições e na memória da sociedade.

Marielle Franco, presente!

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Resumo da Biografia de Marielle Franco

Nome: Marielle Francisco da Silva
Ocupação: Socióloga e política
Nacionalidade: Brasileira
Data de nascimento: 27/07/1979
Data da morte: 14/11/2023
Cônjuge: Mônica Tereza Benício
Alberto Vicente

Jornalista (DRT - BA 5272) e Professor, formado em Letras Vernáculas pela UEFS. Escreve para blogs e sites desde 1997.

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