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Dom Pedro I

Conheça a história do primeiro imperador do Brasil, Dom Pedro I e que declarou a independência do Brasil.

Dom Pedro I
Conheça a história do primeiro imperador do Brasil, Dom Pedro I e que declarou a independência do Brasil.

Dom Pedro I foi o primeiro imperador do Brasil e nasceu no Palácio de Queluz, em Portugal, no dia 12 de outubro de 1798.

Ele era o quarto filho de Dom João VI e de Dona Carlota Joaquina. Seus pais tiveram no total 9 filhos.

Seu verdadeiro nome era Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.

Tópicos da biografia:

Quem foi Dom Pedro I?

Dom Pedro I foi imperador do Brasil. Ele chega em nosso país com apenas 9 anos, quando toda a família real se instala no Rio de Janeiro.

Isso aconteceu em 1808. Um ano antes, as tropas de Napoleão Bonaparte invadiram Lisboa.

Dom Pedro I, ao contrário de sua mãe, era totalmente livre de preconceitos.

Enquanto sua mãe declarava: “Não pisarei a terra dos brancos com os mesmos sapatos com que pisei a terra dos negros”, Dom Pedro dizia: “Eu sei que o meu sangue é da mesma cor que o dos negros”.

Ele tinha como objetivo debater com os deputados da Assembleia Constituinte uma alternativa para acabar com a escravidão.

Sua proposta era fazer isso de maneira gradual, substituindo a mão de obra por imigrantes europeus.

À noite, Dom Pedro se misturava aos empregados da corte, disfarçando-se para ir às chamadas tavernas.

Durante sua adolescência, envolveu-se com muitas mulheres e ganhou fama de boêmio e aventureiro.

Em uma dessas noitadas, ele conhece Francisco Gomes da Silva, o Chalaça, que viria a ser seu melhor amigo e seu braço direito.

Em 1820, uma grave crise acontece em Portugal: era a Revolução liberal do Porto.

Isso obriga toda a família real a voltar para o Brasil, ficando apenas Dom Pedro, que se tornaria o Príncipe Regente do Brasil.

Após essa mudança, a corte portuguesa decide rever o estatuto do Brasil, de forma a tornar o país novamente colônia.

Para isso, a exigência era que Dom Pedro retornasse à Portugal.

Entretanto, após receber um abaixo assinado com cerca de 8 mil assinaturas que exigiam que ele ficasse no Brasil, ele declarou sua famosa frase: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto! Digam ao povo que fico”.

Isto ocorreu no dia 9 de janeiro de 1822 e esse dia é até hoje conhecido como o “dia do fico”.

O rompimento definitivo do Brasil com Portugal aconteceu às margens do Rio Ipiranga, em São Paulo, quando em em 7 de setembro de 1822, Dom Pedro I declarou: “Independência ou Morte”.

Este momento ficou conhecido como o “Grito do Ipiranga” e marca a independência do Brasil, que só foi reconhecida oficialmente por Portugal em 1825.

A infância

Durante sua infância, a sua mãe, Dona Carlota Joaquina, não lhe dava muita atenção, dando preferência ao seu filho mais novo, Miguel.

Já seu pai, o considerava o filho predileto, mas também não lhe dava muita atenção. O rei era muito solitário, inseguro e sofria de crises de depressão.

Pedro era o segundo na linha de sucessão. Mas logo aos 3 anos de idade se torna o princípe herdeiro, quando seu irmão mais velho, Dom Antônio de Bragança, morre aos 6 anos.

Seu casamento

Foto: Reprodução/Divulgação

Aos 19 anos de idade ele se casa com Leopoldina, que era filha de um imperador austríaco.

O casamento aconteceu em 1818, na Igreja de Santa Ephigênia, na rua da Alfândega, no Rio de Janeiro.

Com ela teve 7 filhos: Maria da Glória, Miguel, João Carlos, Januária, Paula Francisca e Pedro Alcântara.

Destaque para Maria da Glória, que viria a ser Dona Maria II, rainha de Portugal e Pedro Alcântara, o Dom Pedro II, que sucederia seu pai vindo a ser imperador do Brasil.

Mesmo após se casar com Leopoldina, continuou a frequentar os mesmos locais boêmios, mantendo uma vida extraconjugal.

Ele manteve relacionamentos com a francesa Noémi Thierry, com a marquesa de Santos Domitila de Castro e com a baronesa de Sorocaba Maria Benedita de Castro Canto e Mello, que era irmã de Domitila.

Principais feitos

  • Foi príncipe regente do Brasil, quando seu pai retorna à Portugal;
  • Se rebelou contra a corte, não voltando ao país no “dia do fico”;
  • Declarou a independência do Brasil;
  • Compôs a letra do hino da Independência no mesmo dia do Grito do Ipiranga;
  • Torna-se o primeiro imperador do Brasil;
  • Implantou a primeira constituição do Brasil, com a publicação da carta constitucional do Brasil;
  • Foi rei de Portugal, por um período de 7 dias em 1826. Lá ele era conhecido como Dom Pedro IV.

A sua morte

A morte de Dom Pedro I acontece em 24 de setembro de 1834. Ele morreu no palácio de Queluz, no mesmo local em que nasceu, em decorrência de uma tuberculose.

Seu desejo era ser enterrado como rei, conforme constava em seu testamento, mas ele foi enterrado como um general.

Seus restos mortais se encontram tanto no Brasil, quanto em Portugal. Na Igreja de Nossa Senhora da Lapa, em Portugal, seu coração está em um relicário.

Em 1972, quando se comemorou os 150 anos da independência do Brasil, seus restos mortais foram transportados para a Cripta do Monumento do Ipiranga, em São Paulo.

Frases de Dom Pedro I

Veja algumas das famosas frases de Dom Pedro I:

  • “Viva a independência e a separação do Brasil. Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro promover a liberdade do Brasil. Independência ou Morte!”
  • “Se for para o bem da Nação e felicidade geral, diga ao povo que fico.”
  • “Aqui têm a minha abdicação. Estimarei que felizes. Retiro-me para Europa e deixo um país que sempre amei e que amo ainda.”
  • “Meu amor, meu grande amor,
    Sem ti não quero viver
    Tua imagem é a meiga flor
    Que eu vivo a bem-querer.”

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Resumo da Biografia de Dom Pedro I

Nome: Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim
Ocupação: Ex-imperador do Brasil
Nacionalidade: Português
Data de nascimento: 12/10/1798
Data da morte: 21/02/2024
Alberto Vicente

Jornalista (DRT - BA 5272) e Professor, formado em Letras Vernáculas pela UEFS. Escreve para blogs e sites desde 1997.

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