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Cândido Portinari

Veja a biografia de Cândido Portinari, um adolescente que nasceu em fazenda de café e tornou-se um dos mais famosos pintores das Américas.

Quem Foi Cândido Portinari
Cândido Portinari, um adolescente que nasceu em uma fazenda de café tornou-se um dos mais famosos pintores das Américas de todos os tempos.

Um dos principais nomes do Modernismo suas obras alcançaram renome internacional.

Tópicos da biografia:

Quem foi Cândido Portinari?

Em 30 de dezembro de 1903, nasce Candido Portinari em uma fazenda de café próximo ao povoado de Brodowski, no estado de São Paulo.

Seus pais Giovan Battista Portinari e Domenica di Bassano, foram imigrantes italianos e de origem humilde. Portinari era o segundo filho entre 12 irmãos.

Cursou apenas o ensino fundamental incompleto. Mas desde criança já demostrava vocação artística.

Aos 6 anos começa a pintar e, os 14 anos, é recrutado como ajudante por uma equipe de pintores e escultores italianos.

Em 1918, viajou para o Rio de Janeiro em busca de um conhecimento mais amplo sobre pintura, ingressa no Liceu de Artes e Ofícios, no entanto retorna para sua cidade natal, pois a cidade grande não o fascinava.

Aos 15 anos retorna para o Rio de Janeiro, onde matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes.

No ano de 1922, realiza uma exposição no Salão da Escola de Belas Artes. Um ano depois, ganha três prêmios pela sua obra o “Retrato de Paulo Mazuchelli”.

Em 1928, conquistou o prêmio de Viagem ao estrangeiro, pela obra com o retrato de “Olegário Mariano”, na Exposição geral de Belas Artes.

No ano de 1929, viaja para diversos países como: Europa, a Itália, Inglaterra e Espanha, e se estabelece em Paris, na Rue du Dragon, entre os museus de Luxemburgo e Louvre.

Casou-se com a uruguaia Maria Martinelli Portinari em 1930.

Retorna no início de 1931 para o Brasil para retratar em suas telas o povo brasileiro.

Passou a valorizar ainda mais as cores e as ideias, modificando a estética realizada em sua obra, a partir do momento em que se observa melhor a sua terra e sua gente, criando o desejo de pintá-las.

Quebra o compromisso volumétrico e abandona a tridimensionalidade de suas obras, deixando de lado as telas pintadas a óleo e começa a se dedicar a murais e afrescos.

Em 1932, Portinari expõe suas obras numa exposição individual no Palace Hotel, no Rio de Janeiro.

Conquista a segunda Menção honrosa em 1935 na Exposição Internacional do Instituto Carnegie de Pittsburgh, nos Estados Unidos.

Tornou-se o primeiro pintor modernista premiado no exterior com a tela “Café” que retrata a cena de uma colheita típica da sua região de origem.

Neste mesmo ano foi convidado para ensinar pintura mural no Instituto de Arte da Universidade do Distrito Federal.

Nos anos seguintes entre 1936 a 1945 pintou alguns painéis para o prédio do Ministério de Educação e Cultura, com temas baseados em ciclos econômicos no Brasil, entre eles estão: o algodão, carnaúba, borracha, cana de açúcar, cacau, pau-brasil e o fumo.

Na década de 1940 foi uma época marcante para Candido Portinari. Sua tela, “Morro do Rio”, é comprada por um norte-americano que imediatamente o expõe no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMa).

Também, nesse mesmo ano, foi o responsável por dois murais na Biblioteca do Congresso Nacional dos Estados Unidos.

Portinari era um homem idealista, comunista filiado ao PCB, concorreu a deputado constituinte no ano de 1945.

E, em 1947 Portinari se candidata a Senador, porém perde a eleição.

Em 1956 inaugura gigantes painéis (Guerra e Paz) no saguão da sede da Organização das Nações Unidas (ONU).

Este projeto, foi apresentado pela primeira vez no Brasil, inaugurados pelo presidente Juscelino Kubitschek, na noite de 27 de fevereiro de 1956, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, sendo dois monumentos painéis de 14 x 10 metros encomendados pelo governo brasileiro e presenteados a ONU.

Portinari levou quatro anos pintando esses quadros, por mais que os médicos já haviam proibido de utilizar tintas, pois a mesma estava envenenando-o.

Em 1961, a saúde de Portinari se agravou teve diversas recaídas, por causa da intoxicação com tintas.

Mesmo assim, continuou preparando sua exposição composta por 200 obras a convite da Prefeitura de Milão.

Biografia De Cândido Portinari.
Reprodução: Italianismo.

Morte

Faleceu em 06 de fevereiro de 1962, quando se organizava para uma grande exposição de aproximadamente 200 obras a convite da Prefeitura de Milão (Itália), vítima de intoxicação das próprias tintas que utilizava.

Deixou um legado extraordinário com mais de 5 mil obras murais, afrescos, painéis, pinturas, desenhos e gravuras que representam uma ampla síntese crítica de todos os aspectos da vida brasileira de seu tempo.

Seu maior acervo, encontra-se exposto na Igreja Bom Jesus da Cana Verde, no centro da cidade de Batatais, interior de São Paulo.

Principais obras de Cândido Portinari

  • Guerra e Paz (1953-1956)
  • O lavrador de café (1934)
  • As Lavadeiras (1944)
  • Café (1935)
  • Cena rural (1954)
  • Favelas (1930)
  • Grupo de Meninas Brincando (1940)
  • Mestiço (1934)
  • O sapateiro de Brodowski (1941)
  • Os retirantes (1944)
  • Meio Ambiente (1934)
  • Flautista (1934)
  • Namorados (1940)
  • Menino com Pião (1947)
  • Menino com Carneiro (1953)
  • A Primeira Missa no Brasil (1948)
  • São Francisco de Assis (1944)
  • Tiradentes (1949)
  • Ceia (1950)
  • Futebol (1935)
  • Criança Morta (1944)
  • Pipa (1943)

Frases de Cândido Portinari

  • “O alvo da minha pintura é o sentimento. Para mim, a técnica é meramente um meio. Porém um meio indispensável”.
  • “Estão me impedindo de viver”.
  • “Aos homens honestos, aos brasileiros sinceros, aos patriotas de fato é que falo, para que analisem tal assunto com frieza”.
  • “Daqui fiquei vendo melhor a minha terra. Fiquei vendo Brodowski como ela é.”
  • “Estou com os que acham que não há arte neutra. Mesmo sem nenhuma intenção do pintor, o quadro indica sempre um sentido social”.

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Resumo da Biografia de Cândido Portinari

Nome:Candido Portinari
Ocupação:Artista plástico
Nacionalidade:Brasileiro
Data de nascimento:30/12/1903
Data da morte:02/06/1962
Alberto Vicente

Jornalista (DRT - BA 5272) e Professor, formado em Letras Vernáculas pela UEFS. Escreve para blogs e sites desde 1997.

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